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“Saí da maternidade, e agora?”: Saiba como ajustar sua rotina com o bebê para que todos durmam bem em casa

Em entrevista exclusiva, consultora materno-infantil Thyssa Calil pontua o que mamães e papais precisam saber sobre ROTINA após a chegada de um neném em casa

Consultora materno-infantil Thyssa Calil ensina como ajustar a rotina de sono de todos na casa após a chegada de um bebê – Freepik/ javi_indy

Muito se fala na internet sobre a maternidade real, aquela em que a história da mãe não contempla apenas maravilhas e perfeições durante e após a gestação ou processo de adoção, mas também os desafios.

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Estabelecer uma rotina saudável de sono e alimentação com um bebê recém-nascido em casa é decisivo para o seu desenvolvimento e também para o bem-estar dos pais e a boa dinâmica de uma família, mas isso quase nunca é fácil — e não irá acontecer de uma hora pra outra.

“Primeiramente, é preciso entender que bebê e pais estão em processo de adaptação dessa nova fase. Ambos precisam se conhecer, se sentir e se conectar. Nada precisa ser feito às pressas”, explica Thyssa Calil, consultora materno-infantil, em entrevista exclusiva para a Bons Fluidos.

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“A mãe, dentro do possível, precisa descansar para estar com o físico e emocional aptos para a entrega necessária da maternidade”, pontua também.

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ROTINA DE SONO DO BEBÊ — E DOS PAIS!

Engana-se quem se refere apenas ao bebê quando fala em ‘rotina de sono’. É possível ajustar o ambiente de forma com que os pais também tenham o descanso merecido e necessário durante a noite e a especialista garante que esse processo pode ser trabalhado desde o primeiro dia do bebê em casa, quando a mãe e a criança recebem alta sem nenhuma intercorrência.

“Nos momentos em que esse bebê estiver fora do colo da mãe, o ideal é simular o ambiente mais próximo do útero possível para que ele se sinta seguro: Oriento o uso do charutinho, luzes baixas, temperatura adequada e ruído branco. O próximo passo é ir ajustando a amamentação. A mãe ir conhecendo seus seios, fluxo, posição e anatomia da boca do bebê. É muito importante que esse seja um momento de concentração de ambos, pois apesar de romantizarem muito a amamentação, o início pode ser extremamente desafiador para muitas mulheres. Com a amamentação ajustada e um ambiente acolhedor, o bebê já estará muito bem encaminhado para um sono de qualidade”.

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Uma queixa frequente das mamães em nossos canais de comunicação é sobre as noites dos bebês que completam, por exemplo, 4 meses de vida, que passam a ser bem mais agitadas do que os primeiros meses, com mais choros e desconfortos. Thyssa Calil orienta que durante o primeiro ano de vida, os bebês se desenvolvem numa velocidade impressionante e passam por oito fases “chamadas de saltos mentais, em que eles consolidam novas habilidades físicas e cognitivas”.

“Elas podem durar dias ou semanas, dependendo do salto, gerando muita insegurança e curiosidade nos bebês. Eles comumente ficam mais chorosos e querem acordar de madrugada para treinar a nova aquisição. Próximo dos 4 meses, o bebê passa por um dos saltos mais intensos, com os impactos citados acima e o bônus de uma possível regressão nos padrões de sono. Por isso, sou defensora da previsibilidade que a rotina traz desde os primeiros dias de vida. Nesse período de instabilidade, quanto mais elementos de segurança o bebê tiver, mais fácil será para ele passar por essa fase. O erro mais comum durante os saltos mentais são os pais, sem o conhecimento dos sintomas, acharem que o bebê “desandou” e começarem a mudar a rotina da casa, deixando esse bebê ainda mais estressado e perdido”, explica.

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MÃES E PAIS QUE TRABALHAM FORA: O QUE FAZER?

A rotina agitada de trabalho profissional de mães e pais também faz parte da maternidade real e precisa ser considerada em diversos casos. É quando as famílias entram em ação e, muitas vezes, os avôs e avós passam a fazer parte da vida dos netinhos com mais frequência e intimidade, cuidando de suas rotinas de alimentação, sono, diversão e educação.

Para esses casos, a consultora materno-infantil dá uma dica interessante sobre organização do tempo:

“A organização do tempo e planejamento dos cuidadores é muito importante. Digo que há dois fatores de sucesso: Proximidade dessa rede de apoio com o bebê o mais cedo possível e o respeito à forma como os pais pretendem levar a rotina e a criação do filho. Assim, a adaptação dele à ausência dos pais será mais rápida e leve, além de preservar eventuais pontos de estresse entre pais e cuidadores”.

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MÚSICAS DE NINAR: FUNCIONAM? POSSO UTILIZAR?

Por fim, Thyssa Calil aborda uma questão comum na vida das mamães, que é o uso de músicas para dormir, acalmar, animar, ou até mesmo distrair os bebês. A dica é usar músicas clássicas ou ruído branco!

“A partir das 28 semanas de gestação, o aparelho auditivo do bebê já é capaz de ouvir e estudos indicam que há memória desses sons após o parto. Então, a música é bem-vinda na vida do bebê desde a barriga, inclusive utilizo música clássica como atividade auditiva após os três meses de vida”.

“Como aliado do sono, utilizo o ruído branco (sinal sonoro que contém todas as frequências na mesma potência). Como a audição é o único sentido que continua funcionando mesmo durante o sono, o ruído branco serve para bloquear sons cujas frequências variam de intensidade e podem acordar o bebê”, continua.

“Muitos pais me perguntam se o som pode ser prejudicial: A resposta é não! Não existe contraindicação no uso do ruído branco, desde que ele respeite o limite de volume de até 85db”, finaliza.

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