”A micropigmentação devolveu a minha autoestima”; entenda como o método de beleza ajuda pessoas com alopecia e câncer
O biomédico e micropigmentador James Olaya conversou com a Bons Fluidos sobre o assunto e explicou a diferença entre a micropigmentação cosmética e a paramédica
A micropigmentação de sobrancelhas, lábios e aréolas é um procedimento estético de última geração e que visa reproduzir com naturalidade, por exemplo, os fios acima dos olhos ou realçar a cor natural da boca e da pele ao redor do bico do peito.
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“Existem dois tipos de micropigmentação: a cosmética e a paramédica. A micropigmentação cosmética é recomendada justamente àquelas pessoas que me procuram somente por uma questão estética, porque querem dar uma realçada na sobrancelha, corrigir uma falha, ter mais volume ou melhorar o design.”, explica o biomédico e micropigmentador James Olaya para a revista Bons Fluidos.
“E temos o caso de micropigmentação paramédica, que engloba os pacientes com alopecia e câncer. Esse tipo de paciente não procura somente uma micropigmentação. Para eles, é uma questão muito maior do que a estética.”, continua o profissional. “Nesses casos, é usado um outro padrão, uma outra técnica, até mesmo a forma que desenvolvemos o design difere, porque precisamos entender a fundo o paciente, desde sua personalidade, quais características faciais são mais marcantes, quais são suas expectativas, e isso tudo me auxilia na hora de micropigmentar e entregar um resultado que faça sentido para aquele paciente.”, diz.
”A micropigmentação devolveu a minha autoestima”
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Bruno Côrrea, advogado e cliente de James, foi uma das pessoas que procurou o trabalho do profissional para reconstituir suas sobrancelhas. Os fios caíram conforme o tempo em decorrência da alopecia, condição caracterizada pela perda de pelos corporais.
“Embora possa parecer insignificante à primeira vista, o fato é que a falta de sobrancelhas realmente impressiona. Trata-se de uma característica estigmatizante que não coincide com o padrão estético da sociedade e que, inevitavelmente, está associado a enfermidades. Por esse viés, ser diferente representa uma situação difícil, angustiante e degradante.”, desabafa Bruno.
O advogado ainda conta que, antes de qualquer veredito, ele e sua esposa pesquisaram Brasil afora até encontrar o trabalho de James. “A micropigmentação, neste contexto, devolveu a minha autoestima, a vontade de sorrir e, sobretudo, a liberdade para conviver socialmente. É difícil descrever tudo que senti ao enxergar a minha ‘nova’ imagem projetada naquele espelho. De repente, vi meu rosto de um jeito diferente, ou melhor, vi uma imagem antiga que estava fazendo uma falta descomunal.”, celebra Bruno.
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O paciente não é o único que demonstra satisfação ao final no processo. Para James, o resultado também é gratificante, apesar de desafiador. “Precisa de muita experiência, sabedoria e paciência para entender sobre o seu cliente, para aplicar a técnica, afinal, você está reconstruindo uma sobrancelha do zero, está reconstruindo uma aréola. Eu me sinto honrado cada vez que faço esses atendimentos.”, comenta o micropigmentador.
Mais sobre a micropigmentação
Em entrevista, fizemos algumas perguntas para o biomédico sobre o processo básico da micropigmentação. Quando questionado sobre a dor que as agulhas causariam em contato com a pele, o profissional nos explicou que, atualmente, o processo começa com o uso de anestésicos tópicos, responsáveis por diminuir em até 80% qualquer possível incômodo.
Sobre a duração do procedimento, James explicou: “Existem alguns fatores como o tipo de pele e idade, que influenciam na quantidade de tempo que leva o procedimento, mas normalmente a micropigmentação cosmética leva em torno de 2 a 3 horas, enquanto a micropigmentação paramédica dura em média 5 a 6 horas.” Vale lembrar que, em casos de alopecia, como ocorre com Bruno, são realizadas micropigmentações capilares, de sobrancelhas e raiz de cílios. Já em casos de câncer, após a liberação médica, são feitas a micropigmentação de sobrancelhas e reconstrução de aréola.
O profissional ainda lista as contraindicações para a execução dos procedimentos de micropigmentação. Não podem realizar a ‘micro’:
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Gestantes;
Menores de 18 anos;
Pessoas com problemas de coagulação sanguínea;
Indivíduos com diabetes mellitus descontrolada;
Pessoas com infecções localizadas ou dermatites;
Pessoas que estejam em terapia com anticoagulante;
Quem tem cicatrizes com menos de 6 meses;
Pessoas que realizaram cirurgias plásticas e preenchimentos recentes;
Indivíduos com reações alérgicas à anestésicos tópicos.
Pandemia aumenta procura por micropigmentação
Por fim, James nos contou que a pandemia, mais especificamente o uso de máscaras em ambientes internos e externos, fez com que mais pessoas quisessem investir na estética dos olhos, principalmente sobrancelhas. A micropigmentação é um procedimento que, sem dúvidas, veio para ficar e conquistar o coração das brasileiras. “Eu já tive muitos pacientes que choraram de emoção ao se olharem pela primeira vez no espelho após terem feito a micro. Isso é uma das partes que eu mais amo do meu trabalho, ser capaz de proporcionar essa transformação na vida de tantas pessoas.”, finaliza James.
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